Marcela Vaccari Larquer, do Caveirão Cross Center: “as pessoas ainda não conhecem o esporte”
Ela é sócia da empresa há mais de três anos, depois de comprar a parte de outro sócio. Marcela afirma que o cross training é envolto em mitos e enfrenta até preconceito. “As pessoas ainda não conhecem o esporte, por isto, precisamos propagar e disseminar a modalidade, fortalecendo o setor que tem potencial para crescer muito e atender a uma grande demanda de público”, destaca.
A divulgação da modalidade esportiva é justamente um dos desafios dos Núcleo Setorial de Cross Training, o NuCross, criado há dois anos com a participação de dez empresas. “Como ação de divulgação já realizamos aula aberta durante um evento e há uma longa lista de ações que devem ser desenvolvidas”. Segundo Marcela, que coordena o grupo, outro desafio é encontrar profissionais capacitados, porque é um esporte específico e acaba não sendo suficientemente aprofundado durante a formação acadêmica de Educação Física.
Tanto que o núcleo está recrutando estagiários para as academias de cross training com o objetivo de ensinar e formar profissionais aptos a atuar com a modalidade de forma segura e com credibilidade. “Como o núcleo foi criado há apenas dois anos, o trabalho de planejamento ainda está em andamento, com a perspectiva de melhoria dos processos internos e gestão”, finaliza.
Divulgação da atuação
Com planos de abrir a própria clínica, João Vitor Oblanca troca experiências e desafios com os membros do Nusefisio, o núcleo setorial de Fisioterapia
Quando passou a fazer parte do núcleo, Oblanca tinha a intenção de conhecer profissionais que atuavam no setor para trocar experiências de empreendedorismo. “Quando entrei, em 2021, havia apenas seis ou sete empresas. Em 2022 chegamos a ficar em apenas duas, pensamos até em encerrar o trabalho, mas, com o consultor do programa Empreender, decidimos fazer algo diferente. Passamos a buscar integrantes com um perfil comprometido e estabelecemos responsabilidades para cada membro”, relata.
Essa dedicação trouxe resultados ligados principalmente à divulgação do trabalho dos fisioterapeutas, porque a profissão tem diversas especializações que passam despercebidas pelo grande público. “Fisioterapia vai além de massagem e recuperação de atletas. Atuamos com pilates, osteopatia, dermatofuncional, fisioterapia pélvica, entre outras modalidades. Há muito espaço para a expansão do nosso trabalho”, detalha.
Oblanca também destaca a importância da aproximação com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) como uma grande conquista. Próximo da eleição para escolha dos próximos líderes, o conselheiro aponta que fica feliz em transmitir o cargo para novos membros e reforça o quanto entrar para o núcleo foi importante. “Eu era uma pessoa introvertida, com dificuldade de falar em público, e aqui ganhei confiança, o que foi um grande crescimento pessoal”, aponta.
Beach tennis
“Estamos nos preparando para abraçar essa nova onda de expansão”, diz Brunno Crocetta Biazin, da arena Sunset Beach Sports
Esporte que vem avançando em todo o Brasil, o beach tennis tornou-se uma boa oportunidade de negócio, tanto que Brunno Crocetta Biazin abriu há dois anos a arena Sunset Beach Sports.
“Percebemos um crescimento forte do beach tennis no Brasil. É o esporte que mais cresceu nos últimos cinco anos e por ser formado na área de Educação Física, vi a oportunidade de mercado disponível em um momento em que ainda não haviam tantas arenas em Maringá”, afirma.
O beach tennis chegou ao Brasil em 2012 e teve expansão em 2015 e 2016, seguido de estabilidade. Depois da pandemia, registrou grande crescimento por ser um esporte de pouco contato físico, praticado ao ar livre e, por isso, foi um dos primeiros a serem liberados no período em que as atividades coletivas foram pouco a pouco retornando.
“Ao mesmo tempo em que o esporte foi ganhando adeptos, sabemos que há oportunidade. Vivenciamos isso na arena, porque toda semana pessoas chegam para jogar pela primeira vez. Por mais que seja um esporte que está em evidência, ainda há espaço para crescer e oportunidades”, reitera.
De fácil aprendizado, o beach tennis é prazeroso e não tem restrições de prática, tanto que o empresário costuma receber relatos de pessoas, principalmente de mulheres, que nunca praticaram atividade física ou gostaram de outro esporte e se identificam com a modalidade. “Só o fato de colocar o pé na areia é relaxante. A areia também ajuda a reduzir o impacto dos movimentos, então muita gente que praticava outros esportes, como futebol ou basquete e de repente se machucou, precisou abandonar por dor se ‘encontra’ novamente dentro de uma atividade física em grupo e com competições, como o beach tennis”, relata.
Visando unir forças entre as arenas, Biazin e outros empresários criaram, com apoio da Acim, o Núcleo Setorial do Esportes de Areia. São empresários de oito arenas que se reúnem para discutir ações conjuntas. “Tivemos a ideia de iniciar o núcleo com a intenção de aproximar as arenas, promovendo torneios internos, mas precisamos ampliar esse contato para que empresários e professores trabalhem de forma conjunta trazendo ideias e desafios que proporcionem satisfação aos nossos clientes”, explica.
Desde que foi criado, o núcleo promoveu ações de divulgação, como a participação em eventos como o Acim Mais Saúde e o Dia do Colaborador, que levou trabalhadores de empresas para a prática do esporte nas arenas. Para o próximo ano, está sendo programado um projeto que vai abarcar as arenas e abrir espaço para a participação de novos integrantes. “O beach tennis tem potencial de crescimento grande, porque há canais de divulgação pela internet e até na TV aberta que estão trazendo a modalidade à tona. E estamos nos preparando para abraçar essa nova onda de expansão”, conclui.