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As empresas estão prontas!

As empresas estão prontas!

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Dercílio Constantino saiu de um imóvel alugado e foi para um espaço próprio das Lojas Alvorada na avenida Pedro Taques

Experiente no ramo de calçados e confecções, o empresário Dercílio Constantino vive a expectativa de dobrar as vendas neste final de ano em relação a 2023. O otimismo vem, em grande parte, do investimento que a empresa fez ao sair de um imóvel alugado na rua Santos Dumont, no centro de Maringá, para uma sede própria na avenida Pedro Taques. “Eu tinha o terreno há dez anos e até cheguei a colocar à venda, mas desisti quando decidi construir a sede própria”. 

A mudança foi para atender aos apelos da fiel clientela por um espaço maior. “O imóvel anterior estava pequeno para atender a nossa demanda. A nova loja tem espaço até para investirmos em autoatendimento e oferece mais conforto”, diz Constantino. 

Nas proximidades da avenida Pedro Taques é mais fácil encontrar vagas de estacionamento do que na área central e há duas vagas exclusivas na calçada em frente à loja.  

Mesmo com a nova estrutura como atrativo, o empresário não abre mão das tradicionais campanhas e promoções de final de ano. “É o tipo de atrativo sempre necessário. Por exemplo, reinauguramos a loja em setembro, na semana da Maringá Liquida e conseguimos aproveitar a campanha, que deu uma movimentada”, diz o empresário, que também é presidente do Sivamar. 

Já em relação à Maringá Encantada, ele não vê grande impacto nas vendas, principalmente este ano em que as atrações não ficarão concentradas na praça da Catedral por causa das obras do Eixo Monumental. “Quem faturava bastante com a movimentação da Maringá Encantada perto da Catedral eram os bares e restaurantes”, comenta. 

Para o empresário, o que faz diferença no comércio de rua são os preços. “Não existe uma concorrência entre os shoppings e o comércio de rua porque cada um tem a clientela fidelizada. É uma questão de costume. Quem compra no comércio de rua, sempre compra no comércio de rua”. 

Já com o e-commerce a disputa é acirrada. Conforme Constatino, o mercado virtual tem tomado parte dos consumidores e reduzido em cerca de 15% as vendas das lojas físicas. 

Apesar disso, ele mantém o otimismo e projeta boas vendas. Tanto que, mesmo tendo reforçado a equipe em quatro colaboradores após a mudança, pensa em contratar temporários. O reforço também deve ocorrer nas outras duas unidades, sendo uma em Sarandi. 

“Meu sentimento neste momento é de gratidão por ter conseguido realizar o que projetei um ano atrás, que foi a nova sede”, conclui.  

 

Loja remodelada


Alto Giro do Maringá Park foi remodelada e ano que vem empresa vai lançar o modelo de franquias, conta a diretora industrial, Claudia Recco

Quem também investiu em novas instalações foi a Alto Giro. Remodelada, a loja do shopping Maringá Park foi reinaugurada em outubro. “Somos uma empresa que pensa muito em sustentabilidade. O investimento na reforma foi importante porque todo o material utilizado é reciclado ou de alguma forma poderá ser reutilizado futuramente”, comenta a diretora industrial, Claudia Recco.

Além do espaço no Maringá Park, a Alto Giro conta com oito lojas próprias, sendo quatro em Maringá. A marca também está presente na internet, incorporando o conceito de omnicanalidadeintegrado. A ideia é ampliar os pontos de contato com o consumidor, permitindo que ele compre no site e retire na loja ou compre na loja e receba em casa. “Independente de rua, shopping ou site, o importante é estar presente onde o consumidor está, ter boa cobertura da cidade e acompanhar as mudanças de consumo”, ensina.

Embora todos os canais sejam importantes, as lojas físicas ainda representam mais de 70% das novas vendas ao cliente final.

E por falar em vendas, a expectativa é de aumento de 25% no final de ano. “Estamos otimistas com o cenário local, e acreditamos que vamos superar nossas metas”, projeta. 

Nesta época, com a proximidade das férias e do verão, a aposta é na moda praia. Para divulgar a coleção e, consequentemente, alavancar as vendas, a marca está preparando várias ativações.

Outra preocupação é com a equipe, que passa por treinamentos frequentes. “Construímos uma cultura alinhada no atendimento diferenciado e, por isso, não teremos reforços de temporários”, conta.

Para 2025, Claudia anuncia novidades: “o ano que vem será especial. Vamos lançar nosso modelo de franquias”, conclui. 

Gelataria em expansão


Rodrigo Aragão vai inaugurar neste ano a terceira loja da Gelato Borelli em Maringá e abriu um escritório para dar suporte às lojas

O ano de 2025 também é aguardado pelo fundador da Gelato Borelli, Rodrigo Aragão. “Faremos investimentos para melhorar a experiência”. Mas antes, ele e os sócios Silvana Yamaguchi e Bruno Martins estão focados na inauguração da terceira gelateria em Maringá ainda neste ano. O endereço, desta vez, é o Eurogarden. “É um local que converge com os nossos princípios de sustentabilidade, segurança, conexão com a natureza, inovação, entre outros. O conceito ‘one stop life’ (morar, trabalhar, fazer compras e lazer no mesmo bairro) é o futuro”, pontua Aragão, que é natural do interior do São Paulo, mas ‘virou’ maringaense de coração desde que morou na cidade para cursar a faculdade. 

“Sou grato pelo acolhimento. Maringá é uma cidade linda e desenvolvida, me admira a mentalidade e os princípios das pessoas que conheci aqui. Com certeza é um lugar onde temos planos de crescer”, conta.

O investimento da unidade do Eurogarden gira próximo dos R$ 450 mil, com retorno previsto para 26 meses, embora este não seja o foco principal, já que a ideia é investir no posicionamento da marca. 

“Estamos felizes em fazer parte deste projeto porque é um local voltado à família, e é isso que entregamos, afinal nosso lema é ‘a felicidade tem sabor’”, explica o sócio. 

Um dos diferenciais é a produção artesanal e diária dos gelatos e casquinhas nas lojas, utilizando a matéria-prima desenvolvida pela fábrica própria. “A pasta mais pura de pistacchio importada da Itália, por exemplo, possui cerca de 73% de pureza. A Borelli importa a semente, realiza a torra e o processamento por gravidade e nos entrega um produto com aproximadamente 92% de pureza. Nossos produtos são frescos e não possuem aromatizantes, conservantes ou corantes”, pontua.

A nova loja vai empregar sete colaboradores, mas não é só. “Devido ao crescimento da marca, montamos um escritório para suporte. Inicialmente ampliamos em cinco colaboradores, além de cargos para capacitar a equipe”, explica.

A Borelli também conta habitualmente com reforço aos finais de semana. “Trabalhamos com uma equipe maior do que o padrão da franquia pensando tanto na qualidade de vida dos colaboradores quanto no atendimento. Todos os finais de semana temos freelancers para auxiliar na operação de maior fluxo. Ou seja, até nossos ‘temporários’ são fixos”, diz.


Estreando em Maringá




Luiz Roberto Gervasoni é responsável pela gestão da Italia Shop, que vende bicicletas produzidas pelo Grupo Cripto e outras marcas; investimento superior a R$ 500 mil

Empresa familiar com mais de três anos, o Grupo Cripto Bikes começou com a fábrica da marca Cripto em Arapongas idealizada pelo casal Geovane Gasparello e Priscila Gervasoni Gasparello. Depois veio a primeira loja, também em Arapongas, e neste ano o grupo decidiu expandir os horizontes e escolheu Maringá. “É a segunda cidade do Paraná em número de famílias das classes A e B, e enxergamos a necessidade de uma loja para atender este público, embora tenhamos produtos para todas classes. A nova loja oferece um ambiente agradável, moderno e completo, além de atendimento de alta qualidade”, justifica o fundador Gasparello.

Já o sócio Luiz Roberto Gervasoni fará a gestão da loja maringaense do negócio iniciado pela filha e pelo genro. “O grande número de ciclistas também pesou na decisão, já que gera a possibilidade de organização de eventos, passeios e encontros relacionados ao ciclismo, ajudando a criar uma comunidade entorno da loja”, comenta.

Da ideia à decisão de abertura da Italia Shop foram seis meses. Durante o período, foi feito estudo de viabilidade do negócio e, por fim, a escolha do ponto: um imóvel na avenida Duque de Caxias, 275. “Estar no centro da cidade garante fácil acesso aos clientes, tanto para aqueles que moram nas proximidades quanto para os que vêm de outras áreas. Isto significa que há um fluxo constante de potenciais clientes, além que, ao optar por uma área nobre, permite posicionar a loja como uma opção de qualidade, tanto em produtos quanto em atendimento”, explica Gervasoni.

O investimento foi superior a R$ 500 mil entre reforma, infraestrutura e estoque inicial. Lá os clientes encontram mountain bikes, bicicletas de estradas e urbanas, variedade de peças de reposição e componentes para manutenção e upgrades em bicicletas. Também não faltam acessórios, como capacetes, luvas e vestuários, e há uma oficina para manutenção.

“Buscamos atender a um segmento que valoriza qualidade, inovação e um estilo de vida ativo e saudável, entretanto também há produtos para aqueles que utilizam a bicicleta para lazer e como meio de transporte. Além da nossa marca própria, distribuímos e comercializamos as principais marcas nacionais e internacionais”, diz.

Na loja, há expectativa de vendas expressivas neste final de ano, até porque, com os atrativos da Maringá Encantada, a cidade deve receber visitantes da região.

Pleno emprego e 13° salário


“A geração de empregos temporários formais não deve ficar muito acima da média dos últimos anos devido à dificuldade para fechar as vagas permanentes”, diz a economista Juliana Franco Afonso
O otimismo e a disposição do empresariado para investir em Maringá está respaldado em dados econômicos. Em 2024, a exemplo de anos anteriores, o município foi um dos protagonistas na geração de empregos formais no Paraná. 

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e agosto foram criados quase 6 mil postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado de janeiro de 2021 a agosto de 2024 são mais de 24,4 mil novas vagas. 

Parte da mão de obra foi absorvida pelas novas empresas. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), correspondente a 2023, Maringá possui 45.675 empresas, crescimento de 45,8% em relação ao ano anterior. Já o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) chegou à marca de 45 mil este ano. 

“Maringá, assim como o Paraná, atingiu taxa de desemprego que a posiciona em um cenário de pleno emprego, isto é fruto do dinamismo da economia local, com a abertura e crescimento das empresas, que configura em um aumento do emprego e, consequentemente, da renda da população”, explica a economista Juliana Franco Afonso, que é diretora do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem).

Os números impactam na arrecadação de impostos e no volume de dinheiro em circulação, em especial nesta época do ano, com o pagamento do décimo-terceiro salário, que deve injetar R$ 472,4 milhões até dezembro. O valor é 4% maior em relação a 2023 e 7% superior a 2022. O pagamento beneficia em torno de 167,2 mil trabalhadores do mercado formal, com valor médio de R$ 2.824.

Serviços e o comércio respondem por 78% da renda extra, visto que concentram 74% dos trabalhadores com carteira assinada. Além disso, haverá incremento de R$ 77 milhões na economia local advindos do pagamento da segunda parcela do 13° salário dos aposentados e pensionistas. 

“Este valor deve movimentar o comércio varejista, principalmente com as compras de Natal e serviços relacionados ao turismo. Como o 13° salário aumenta o poder de compra, há impacto direto no aumento do consumo das famílias e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”, pontua. 

Este aumento da demanda incorre na abertura das tradicionais vagas temporárias. “Este ano a geração de empregos temporários formais não deve ficar muito acima da média dos últimos anos, devido à dificuldade do setor produtivo para fechar as vagas permanentes”, explica Juliana. 

Ela ressalta que, devido ao bom desempenho da economia local, houve aumento da empregabilidade após a pandemia, fazendo com que Maringá atinja taxa de desemprego de cerca de 3%, abaixo da média paranaense de 4,4%. 

Acima da média

Maringá também é diferenciada no PIB: enquanto de 2010 a 2023, o Brasil teve crescimento médio de 1,6% ao ano, Maringá registrou crescimento de aproximadamente 4% ao ano.

A expectativa, segundo Juliana, é que tal cenário se mantenha em 2025. Como impulso à economia local, ela cita o alfandegamento do terminal de cargas do aeroporto, a consolidação do Parque Tecnológico TIC e o início das obras do Parque Tecnológico da Saúde do Tecpar. 

Já em relação ao cenário nacional, as projeções do Relatório Focus do Banco Central indicam aumento do IPCA de 4,38% para 4,39% este ano. Já inflação deve girar em torno de 3,96% em 2025.

Para a Selic, as projeções dos analistas é que feche 2024 em 11,75%, acima do atual 10,75%. Para 2025, a expectativa é de 11%, com leve queda nos anos subsequentes: 9,5% em 2026 e 9% em 2027.

Shows de Lulu Santos e Falamansa


Aguardada pelos maringaenses, inclusive pelos lojistas, a Maringá Encantada começa em 16 de novembro com o acendimento das luzes e a chegada do Papai Noel. 

A campanha vai até 7 de janeiro de 2025. Este ano, por conta das obras do Eixo Monumental, a praça do antigo aeroporto vai ser a sede e contará com decoração especial e brinquedos, além de vila gastronômica.

Entre as atrações está o show do cantor Lulu Santos, em 16 de novembro no estacionamento do terminal urbano. No mesmo local acontecerá o show da virada com o grupo Falamansa, em 31 de dezembro. Ambos gratuitos. 

Além das ruas e avenidas, as praças Raposo Tavares e Napoleão Moreira da Silva receberão decoração especial, boa parte em bambu visando à sustentabilidade. 

O clima natalino também vai aos distritos de Floriano e Iguatemi, com eventos de abertura. O Parque do Japão será iluminado e haverá concurso de presépios.