“Iniciamos com base no conceito de temakis, na ideia do fast food”, conta Leonardo Gohara, sócio de Robson Dolberth Filho
Foi em dezembro de 2012 que Maringá ganhou uma de suas primeiras temakerias, um restaurante especializado na culinária japonesa, servindo especialmente cone de algas recheado com peixe cru e arroz, o temaki. Os jovens empreendedores ainda não sabiam que o negócio cresceria a ponto de ter unidades em outras cidades no Paraná e em São Paulo.
A Rock Temakeria foi inspirada em um modelo de fast food que era febre no Rio de Janeiro/RJ e foi trazido para Maringá por um sócio formado em Direito, outro em Administração e um sushiman (que não está mais na operação). O negócio deu certo e atraiu tantos clientes que faturou R$ 600 mil nos primeiros 12 meses.
Diante da boa aceitação do público, os sócios passaram a trabalhar para franquear, processo que levou oito meses. “Começamos com a cara e a coragem, mas fomos profissionalizando com ficha técnica, manual de operação, manual de atendimento e outros detalhes importantes para esse tipo de sistema. Em certo momento, tivemos a ajuda de um grupo especializado em formatar negócios, que permaneceu três anos na operação com uma porcentagem do franchising”, conta o sócio Leonardo Gohara.
Ele lembra dois momentos marcantes. Um foi a crise do salmão, em 2017, quando houve escassez e alta no preço do produto em razão da contaminação por um tipo de alga – à época, a temakeria utilizava o peixe importado do Chile em 95% do cardápio. Foi o momento de repensar o cardápio, com outros tipos de peixes. “Iniciamos com base no conceito de temakis, na ideia do fast food. Com o passar do tempo, abraçamos também um modelo de culinária sofisticada, com outros tipos de peixes, tartare, molho de ostras e outras opções”, conta Gohara.
Outro momento-chave foi durante a pandemia, quando o negócio agregou uma marca de poke, o Kumbuk. O poke é uma tigela recheada com uma combinação de vegetais frescos, peixes e opções como frutas e carboidratos. O poke foi pensado para a estratégica dark kitchen — ou “cozinha fantasma” — que nascia naquele momento como um local onde o restaurante prepara refeições exclusivamente para o serviço de delivery. No período de crise global, a operação foi enxugada no número de colaboradores e refez negócios com fornecedores.
Hoje a Rock Temakeria & Co fatura cerca de R$ 8 milhões por ano. E em 2022 passou por um processo de rebranding. “Demos uma chacoalhada. Pensamos em melhorar a experiência, trazendo inovações no cardápio, sempre focando na qualidade e frescor dos pratos. E para concretizar isso, colocamos mais atitude na marca e no direcionamento de marketing”.
Com 40 colaboradores diretos e 65 indiretos, a Rock está presente em seis cidades, com duas unidades próprias em Maringá, em Londrina, Marília/SP e São José do Rio Preto/SP. As franqueadas ficam em Ponta Grossa e em Curitiba. O público é majoritariamente AB e 70% feminino.