Com a privatização do Porto de Santos, o governo federal espera dobrar a capacidade de carga movimentada das atuais 145 milhões de toneladas por ano para 290 milhões, com investimento de R$ 18,55 bilhões por parte do novo operador. Essa privatização faz parte da pauta de concessões do governo federal, que inclui Correios, Eletrobras e os aeroportos Santos Dumont, Galeão e Congonhas. Além de atrair investimentos bilionários, a medida garantirá empresas competitivas, reduzindo déficits e dando tração à recuperação econômica nacional, além de possibilitar a melhoria da qualidade nos serviços prestados.
A privatização foi uma das pautas apresentadas pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, numa palestra exclusiva que ele ministrou no dia 11 de abril, em comemoração aos 69 anos da ACIM. Guedes garantiu que o governo pretende fazer a reforma tributária, com desoneração da folha de pagamento e da renda da classe média, e tem trabalhado para modernizar os marcos regulatórios, como os de saneamento e de gás. Também comentou sobre o mercado de trabalho, que hoje tem menos desempregados do que antes do início da pandemia. Quem é empresário já vivencia essa realidade ao enfrentar dificuldades para preencher vagas, mesmo em funções que exijam menos escolaridade e experiência.
A fala otimista do ministro foi alicerçada em números positivos que ele apresentou, como a redução de despesas públicas em relação ao PIB. Guedes também disse acreditar que o Brasil fará um combate efetivo e rápido à inflação, antes mesmo de nações desenvolvidas. Ouvir essa explanação traz ânimo para quem é empresário. Depois de dois anos de pandemia e empréstimos para manter seus negócios, o que os empreendedores mais querem é uma agenda positiva e um ambiente de negócios sadio, com marcos regulatórios, parcimônia política e um cenário que oportunize investimentos.
Os últimos anos foram desafiadores para a classe produtiva, com aumento da tarifa de energia elétrica, dos preços de matéria-prima, serviços, combustíveis e das despesas do orçamento familiar. O crédito também ficou caro, com a elevação da taxa básica de juros. Agora é hora de voltar aos trilhos e adotar as medidas que façam o Brasil voltar a crescer e vislumbrar águas calmas. Os empresários, trabalhando em cima de agendas positivas, têm a capacidade de promover um círculo virtuoso de prosperidade, em que todos ganham, empregadores e empregados.
Estar no gabinete do ministro, em Brasília, de onde transmitimos a palestra ao vivo para nossos associados e a comunidade empresarial de todo o Brasil, nos fez perceber a intensidade que essa pasta vem atuando em prol de melhorias para a economia nacional. Sempre há como fazer mais e melhor, mas é chegado o momento de disseminarmos perspectivas positivas.
Michel Felippe Soares é presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM)