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Entre o desemprego e as vagas de trabalho, falta qualificação

Entre o desemprego e as vagas de trabalho, falta qualificação

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Se por um lado o Brasil tem um enorme contingente de desempregados, o que faz o país a ter a quarta maior taxa num ranking com 44 países, por outro lado empresários enfrentam dificuldade para preencher vagas de trabalho. Entre essas duas pontas falta qualificação para um número expressivo de profissionais. 

Empresas e recrutadores convivem com o problema rotineiramente: falta qualificação em profissões técnicas – inclusive em alguns setores há desinteresse das gerações mais novas - e há um descompasso entre as necessidades de mercado e a formação universitária. Isso porque os diplomas de graduação e pós ou a conclusão de cursos rápidos são meios para exercer a profissão, mas é preciso a formação continuada para se manter desejado pelas empresas.

O investimento em formação prática deve vir de todos os níveis: tanto do trabalhador, que precisa correr atrás de atualização profissional, até por meio de conteúdo online, quanto das empresas, que com processos e produtos modernos, precisam garantir que a equipe possa acompanhar as atualizações. E, por fim, é necessário investimento sólido e contínuo em políticas públicas para que haja equilíbrio entre a capacitação da mão de obra e as necessidades das empresas. É um grande e complexo desafio.

A boa notícia é que há oportunidades para os bons profissionais. Com a retomada econômica, as empresas voltaram a investir e a contratar, ainda que num ritmo menor do que se esperava. Em alguns setores, como os da gastronomia e tecnologia da informação há vagas abertas permanentemente.

Aliás, a TI é um exemplo de setor que necessita de mão de obra especializada, mas que também oferece remuneração acima da média, flexibilidade de local e horário de trabalho. É o tipo de profissão que atrai jovens e torna Maringá um celeiro no desenvolvimento de softwares e soluções. Quanto mais especializado, maiores as oportunidades de emprego e salário. 

Para colaboradores e líderes que querem se aperfeiçoar, a ACIM conta com a Escola de Negócios, com grade atual e instrutores com experiência de mercado. E temos o Empregar, um programa para ajudar as empresas no processo de contratação.

A ACIM, inclusive, tem sido defensora da qualificação, tanto que no ano passado integrou uma comitiva que foi a Brasília/DF participar de audiência com o Ministro da Educação para solicitar a implantação de um campus e da reitoria do Instituto Federal do Paraná (IFPR) – o pleito foi atendido. E ainda em janeiro a entidade recebeu estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que solicitavam o retorno às aulas presenciais, e novamente a ACIM manifestou apoio à educação, ao defender o retorno.

Para aqueles que escolherão o caminho de ter o próprio negócio, a entidade é parceira por meio de produtos, serviços, convênios e acesso a núcleos de empresários de um mesmo segmento por meio do Empreender. 

Diante de tantas possibilidades, concorrentes e inovação, funcionários e empresários precisam correr atrás de qualificação e inovação. Só assim as empresas serão mais competitivas e poderão reter os melhores profissionais..

Michel Felippe Soares é presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM)